Tomás de Aquino, nascido em Roccasecca em 1225 e falecido em Fossanova em 7 de março de 1274, foi um sacerdote dominicano, filósofo e teólogo notável, destacado representante da escolástica, canonizado como santo e designado Doutor da Igreja pela Igreja Católica, sendo cognominado Doctor Communis ou Doctor Angelicus. Aquino concluiu que a descoberta da verdade ia além do que é visível. Antigos filósofos acreditavam que era verdade somente o que poderia ser visto. Aquino já questiona que a verdade era todas as coisas porque todas são reais, visíveis ou invisíveis, exemplificando: uma pedra que está no fundo do oceano não deixa de ser uma pedra real e verdadeira só porque não pode ser vista. Aquino concorda e aprimora Agostinho de Hipona quando diz que "A verdade é o meio pelo qual se manifesta aquilo que é". A verdade está nas coisas e no intelecto e ambas convergem junto com o ser. O "não-ser" não pode ser verdade até o intelecto o tornar conhecido, ou seja, isso é apreendido através da razão. Aquino chega à conclusão que só se pode conhecer a verdade se você conhece o que é o ser. A verdade é uma virtude como diz Aristóteles, porém o bem é posterior à verdade. Isso porque a verdade está mais próxima do ser, mais intimamente, e o que o sujeito ser do bem depende do intelecto, "racionalmente a verdade é anterior". Exemplificando: o intelecto apreende o ser em si; depois, a definição do ser, por último a apetência do ser. Ou seja, primeiramente a noção do ser; depois, a construção da verdade, por fim, o bem. Sobre a eternidade da verdade, ele, Tomás, discorda em partes com Agostinho. Para Agostinho, a verdade é definitiva. Imutável. Já para Aquino, a verdade é a consequência de fatos causados no passado. Então, na supressão desses fatos, a verdade deixa de existir. O exemplo que Tomás de Aquino traz é o seguinte: A frase "Sócrates está sentado" é a verdade. Seja por uma matéria, uma observação ou análise, mas ele está sentado. Ao se levantar, ficando de pé, ele deixa de estar sentado. Alterando a verdade para a segunda opção, mudando a primeira. Contudo, ambos concordam que na verdade divina a verdade, por não ter sido criada, já que Deus sempre existiu, não pode ser desfeita no passado e então é imutável. Quanto à reflexão sobre a alma, Tomás de Aquino argumenta que a alma vegetativa, que surge primeiro quando o embrião vive como uma planta, se corrompe e é sucedida por uma alma mais perfeita, que é simultaneamente nutritiva e sensitiva, quando o embrião passa a ter uma vida animal. Quando essa alma se corrompe, é sucedida pela alma racional, que é induzida do exterior. Pois a alma se une ao corpo como sua forma, não se unindo a um corpo que não seja aquele do qual ela é propriamente o ato. A alma é agora o ato de um corpo orgânico.