Órfão de Pai aos Nove Anos
Nas sombras de um passado, que cedo se fez,
Onde o riso de criança perdeu sua vez,
Aos nove, o mundo pesou mais no meu olhar,
Pois o meu herói, o meu pai, foi embora e nunca mais voltou.
No silêncio do vazio, que a saudade traz,
Cresci em meio a memórias, sem a paz.
Cada passo que dou, sinto o eco do que foi,
Muitas vezes o procurei nas ruas até junto aos mendigos, nunca o vi.
Fui forte, sem escolher depois do desamor.
Aprendi a caminhar entre lágrimas e dor,
Procurando no vento, o calor do seu amor.
Na noite, quando o céu se enche de estrelas mil,
Procuro seu rosto, que no brilho se faz sutil.
Órfão de pai, quem foi meu pai?Foi para todos os órfão: Deus. Pois em cada desafio, sei que ao meu lado ele é.
Aos nove, perdi meu pai, não sei mais dele, nunca mais eu vi, nunca mais voltou, e assim eu cresci,minha mãe, meu pai.