Na mesma residência situada na Rua Anápolis, número 249, vivenciei várias experiências desconfortáveis enquanto compartilhava um quarto com meu irmão Pedro quando tinha entre quatro e cinco anos de idade. Nesse período, costumava avistar numerosas sombras escuras dentro da casa, inclusive debaixo da cama. Meu pai, a fim de me tranquilizar, explicava que essas aparições eram causadas por insetos.
Contudo, quando relatei avistar mais dessas sombras, ele confessou também percebê-las, o que trouxe-me algum alívio.
Minhas reminiscências dessa casa incluem o quarto de minha mãe, que estava meticulosamente arrumado com uma cama coberta por uma colcha de crochê branca adornada com flores vermelhas, feitas à mão. Logo após, havia um quarto adicional e uma cozinha interna na casa, juntamente com uma cozinha externa equipada com um fogão a lenha, onde minha mãe preparava bolos e refeições. Adjacente a isso, havia um pilão, e eu recordo vividamente que era de extrema importância não desrespeitá-lo, sob pena de minha mãe arremessá-lo em nossa direção caso a contrariássemos.
Além disso, no meio do quintal, havia uma amoreira, um poço (pois em nossa casa um poço era uma característica indispensável), e também tínhamos cenouras plantadas, além de coelhos e galinhas. Notavelmente, não criávamos porcos, pois minha mãe tinha uma aversão por sua criação. Estas recordações estão associadas a São José dos Campos, famosa por sua relação com a aeronáutica. Nossos vizinhos incluíam um sargento da aeronáutica.Entendo que esse sargento da aeronáutica tinha um cachorro que era originalmente utilizado para o trabalho, mas depois se aposentou e passou a viver em sua casa. Esse cachorro era conhecido por ser agressivo, frequentemente escapando de sua corrente e causando problemas para as pessoas ao redor. Em um certo dia, enquanto eu estava perto do portão que ficava ao lado do portão do sargento, eu estava sem camisa, vestindo uma calcinha vermelha uma criança do interior, meus cabelos loiros e lisos, gordinha ou fofinha,meus irmãos ,mas, previam que eu ficaria menos atraente à medida que crescesse.
Foi nesse momento que o cachorro se soltou lentamente, e lembro claramente como ele se aproximou de mim. Para minha surpresa, o cachorro colocou as patas em mim e lambeu meu rosto. O sargento ficou extremamente assustado, e minha mãe estava prestes a repreendê-lo. No entanto, esse incidente me deixou com um certo receio de cachorros e galinhas se alimentando de escorpiões, e não tenho uma afinidade especial por esses animais.Gosto deles vivos!
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