domingo, 26 de outubro de 2014

autoestima

   

Quando passei a me contemplar e me amar verdadeiramente, percebi que estava no lugar certo, no momento certo. Isso me permitiu relaxar, pois havia um senso de propósito. Atualmente, reconheço isso como autoestima. Amar verdadeiramente a mim mesmo me permitiu compreender que é normal enfrentar angústia e sofrimento emocional, especialmente quando estou indo contra minhas próprias verdades. Agora, entendo que tenho uma identidade.

À medida que apreciei a verdade das coisas, parei de desejar que a vida fosse diferente e comecei a valorizar tudo o que contribui para o crescimento humano. Hoje, chamo isso de maturidade. Também percebi como é contraproducente forçar circunstâncias ou pessoas para atingir minhas aspirações, sabendo que nem sempre o momento ou as pessoas estão preparados, inclusive eu mesmo. Isso é o que chamo de consideração.

Amar verdadeiramente a mim mesmo me levou a eliminar tudo o que não é benéfico para mim, seja uma pessoa, uma ocupação ou qualquer coisa que me prejudique. Inicialmente, minha mente rotulava isso como egoísmo, mas agora sei que é amor-próprio.

Amar a mim mesmo também me permitiu abrir mão do medo de preencher meu tempo livre com planos constantes ou preocupações com o futuro. Agora, faço o que gosto, mesmo que muitas vezes não saiba o que é, e sigo a simplicidade dos meus desejos. Chamo isso de candura.

Desisti da necessidade de sempre estar certo e aprendi a ouvir e sentir. Descobri a humildade, reconhecendo que, embora minha mente possa ser talentosa, meu professor, o coração, é mais sábio.

Finalmente, deixei de remoer o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, vivo no presente, onde a vida acontece. Vivo um dia de cada vez, buscando a perfeição nessa simplicidade.

Minha mente pode às vezes me atormentar, mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma valiosa aliada. Meu professor, o coração, sabe como viver, não como um ser superior, mas como alguém que encanta, sem humilhar com seu conhecimento.