domingo, 27 de outubro de 2013

Amo-te ate o fim

Amo-te tanto, meu amor ... não cante
O humano coração com mais verdade ...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Vinicius de Moraes

Uma versão revisada do poema:

"Amo-te profundamente, meu amor... não canto
O coração humano com maior sinceridade...
Amo-te como amigo e como amante
Em sempre mutável realidade.

Amo-te com dedicação, em um amor tranquilo e constante,
E te amo além disso, presente na saudade.
Amo-te, afinal, com total liberdade
Dentro da eternidade e a todo momento.

Amo-te como um ser, pura e simplesmente,
Com um amor desprovido de mistério e de virtude,
Com um desejo forte e duradouro.

E por te amar assim, intensa e frequentemente,
Um dia, em teu corpo, de repente,
Morrerei de amar mais do que pude." - Vinicius de Moraes



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