Multifacetado

"Fantasias... você é a grande metáfora. Em 2 de novembro de 2014, às 23:11, aquela fantasia! Um mundo maior, repleto de desenhos que refletem toda a sua lamentação. Desde seres humanos bem controlados e amarrados à necessidade de amor e paz. Isso me faz rir; são temores de sofreguidão, empurrados por algo tão comum no século atual: depressão. Entretanto, por mais peregrino que seja o seu conhecimento, outras pessoas já estiveram lá antes de você, carregando as mesmas dores e medos.

Longe de encontrar a cura, você vai caminhar; podemos nos consolar com a ideia de que outras pessoas carregaram suas dores antes de você. Sendo original e comuns nas dores do mundo! Em um mundo de ideias, onde tudo é perfeito e glamourizado. É tudo uma ilusão! As pessoas fingem!

No mundo real, ou seja, no mundo das ideias. Que confusão! As pessoas vivem na terceira margem do rio, criando utopias e sonhos. Que tristeza, não sabemos de onde viemos nem para onde vamos. Não conhecemos nossa origem, talvez de Órion, nem para onde iremos quando morrermos. Tantas limitações!

Ainda carregamos internamente os pesados fardos da tristeza incontrolável. O que estamos fazendo aqui? Como nossas almas são moldadas? Somos humanos de carbono. Assim como o diamante é forjado pelo fogo, somos forçados a experimentar a dor e o prazer de sermos o que somos. A liberdade só é sentida quando se experimenta a dor.

A criatura humana não tem caráter para compreender a complexidade das teorias das cordas? O que sabemos sobre o certo e o errado, não sei. Ter uma mata virgem inteira, até mesmo a admiração pelos cantos das aves, é uma incógnita. No mundo das ideias, onde não há poligamia. Nessa jornada chamada vida, todos seguimos sozinhos, e eu prefiro assim.

No entanto, é bom estar acompanhado, é nosso dever ser entendido; seria como ter uma família de contos de novelas. A sua família não precisa ser igual, pois mãe e pai partem rapidamente. Faça você melhor para seus filhos e crie algo superior ao que suas mães fizeram. O que significa ser melhor? Adriana Calcanhotto canta "Oito Anos", e eu me sinto como a garotinha da música, fazendo perguntas sem saber as respostas. Mesmo assim, um dia todos nós partiremos, e então revelaremos o que realmente resta das linhagens. Você, infelizmente, é o meu retrato. Apenas faça o melhor!

Em um mundo multifacetado de ideias, expresso em poesia na norma culta."

D.M.